"A GOURMET Tendências gastrônomicas mundo afora
A SIMBIOSE ENTRE CHEFS e blogueiros, caldeirão de amor e ódio, periga entornar. De um lado, restaurantes promovem-se graças a relatos de jantares postados na web (que podem ser repicados "ad infinitum" nas mídias sociais). De outro, nem todo post é elogioso ou factualmente correto.
Há pouco, o respeitado chef Alex Stupak (ex-Alinea e WD-50, dois premiadíssimos restaurantes tecnoemocionais) levou pancada de um "food blogger" por largar a pâtisserie de vanguarda para abrir um restaurante mexicano.
Revidou publicando on-line uma carta-dinamite:"Dizer que estou dando um passo para trás quando você não tem ideia do quão difícil foi fazer o que fiz é um insulto. (...) Você não teve nem a decência de checar a ortografia de um chef muito prolífico nem sabia que ele tem hortas próprias. (...) Dizer que sou mais 'ligado às feiras' é outro indicador de ignorância e escrita preguiçosa".
Só quem entende do assunto deveria analisar publicamente um restaurante. Mas a cada dia surgem novos "críticos", postando milhares de descrições e fotos de experiências gastronômicas. Uns influem mais, outros menos. Coletivamente, exercem poder e moldam a imagem de um restaurante.
Chefs tês diferentes estratégias de defesa. Responder a ataques nem sempre ajuda: é como jogar gasolina na fogueira. Os mais espertos tornam-se amigos e fontes de noticias do maior número possível de blogueiros, oferecendo jantares grátis e disparando elogios pelo Twitter: chamemos essa tática desmonta-crítico. E há aqueles que tentam tapar o sol com a peneira, proibindo que clientes tirem fotos.
Em Nova York, o superhypado Momofuku Ko, o caríssimo japonês Masa e o Locanda Verde baniram as câmeras. Isso impede que se achem na web fotos tiradas com celular ou centenas de posts? Elimina o risco de ser criticado? Não.
A esse eu diria: desistam, meus caros. É inútil tentar controlar esse monstro amorfo chamado internet. Mais vale ignorar o ruído e focar o que interessa: cozinhar bem."
(Alexandra Forbes é jornalista gastronômica, "foodtrotter" e autora de "jantares de Mesa e Cama")
Créditos: Folha de São Paulo (09/06/2011)
Hoje infelizmente não falarei sobre restaurantes. O novo assunto é está coluna acima da jornalista Alexandra Forbes. Ela diz que só quem é especialista deve fazer críticas sobre gastronômia e coloca, nós, os blogueiros como críticos entre aspas.
Acho engraçado que quem dá dinheiro para todos os restaurantes e chefs de cozinha somos, nós, clientes que experimentamos os pratos que muitas vezes até são bons, mas não podemos negar que já nos deparamos com muita porcaria por aí.
Eu gostaria de saber qual é o critério para ser especialista gastronômico? Saber comer com educação? Por que até onde eu sei todas as pessoas têm paladar e opinião própria.
Quanto ao chef Alex Stupak, ele que me desculpe, mas os clientes não estão interessados se para ele foi difícil fechar a pâtisserie de vanguarda para abrir um restaurante mexicano ou se ele ficou tristinho com o fato. O que interessa é ser bem atendido e sair do restaurante satisfeito.
A questão é que esse Alex Stupak não tem respeito pela opinião dos outros e quer ficar justificando com chantagem emocional. Cresça chefe, cresça!
Gostei da sua réplica sobre a matéria... Falou a verdade que deve ser dita, como todos dizem: "O cliente tem sempre a razão", Parabéns!!
ResponderExcluirBom... concordo com o fato de o restaurante ter fechado ou não por causa dos clientes.. por causa da adm do próprio ou da forma que foi conduzida... e não por causa de blogueiros... pois quem foi e gostou, irá recomendar.
ResponderExcluirAgora vc toca no ponto de critério gastronômico para criticar, que são coisas totalmente diferentes. O restaurante irá funcionar ou não com base nos seus clientes e não sob críticas.
Mas comparar uma pessoa do meio gastronômico com um simples blogueiro, é simplesmente insultar todo o ramo de gastronomia. Não é saber comer bem e sim saber como um restaurante funciona... o leque de comidas que existem... as formas de cozinhar alguma coisa... para criticar, não adianta ir em um lugar e falar que a batata frita tava mto boa, sem saber a batata frita de outros lugares e como ela é feita... tem toda a base... enfim... é esse meu pensamento... pois com um pouco que tive de gastronomia, comecei a enxergar defeitos e qualidades em restaurantes que uma pessoa normal não notaria.